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segunda-feira, 18 de junho de 2012


Daniel Sarafian se lesiona, e Serginho vai enfrentar Mutante na final do TUF


   A bruxa continua solta nos octógonos do UFC. Assim como o técnico Vitor Belfort, o primeiro finalista da categoria peso-médio do reality show The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeõesDaniel Sarafian, está fora da luta final do programa, que acontece no UFC 147, dia 23 de junho, em Belo Horizonte. O lutador sofreu uma lesão durante o treino e não terá condições de combate. Serginho Moraes, que foi nocauteado exatamente por Sarafian na semifinal, foi escolhido para ser o substituto e vai encarar Cezar Mutante na decisão que vale um contrato com o Ultimate.
   O paulista Sarafian teve duas boas atuações nas lutas dentro do TUF. Além da joelhada voadora que nocauteou Serginho, ele havia finalizado Renée Forte no seu primeiro combate. Serginho, por sua vez, havia finalizado Pé de Chumbo com um mata-leão antes de perder na semifinal. Já Mutante finalizou Leonardo Macarrão no primeiro combate e nocauteou Thiago Bodão na semi.
   Entre os pesos-pena, Godofredo Pepey já está garantido na final após vencer Vina na semi. Ele enfrenta na decisão o também cearense Rony Jason, que levou a melhor sobre Hugo Wolverine.

domingo, 10 de junho de 2012



Preparação física nas lutas - Parte 1

ASPECTOS ORGÂNICOS E MORFOLÓGICOS
O treinamento consiste em quatro princípios:
Principio da sobrecarga – consiste nos estímulos de freqüência, intensidade duração do treinamento para as adaptações, e para que ocorram essas adaptações é preciso aumentar a sobrecarga.
Principio da especificidade – um exercício especifico faz com que o sistema fisiológico e metabólico ocorram adaptações especificas no treinamento.
Principio das diferenças individuais – cada pessoa tem suas próprias adaptações, através dos  estímulos que são passados para pessoas diferentes, ou seja, o treino é o mesmo mas o resultado é individual.
Principio da reversibilidade – se o treinamento for interrompido as adaptações serão perdidas.
Periodização do treinamento - o judô por apresentar um longo período de competições, o atleta necessita apresentar uma boa condição física.
Determinação da carga de treinamento – é preciso levar em conta as características técnicas e táticas do atleta.
POTÊNCIA E CAPACIDADE AERÓBIAS
Esses dois fatores têm sido considerados importantes para o desempenho no judô. Pois esses mantêm uma intensidade elevada durante a luta, podem retardar a concentração de lactato, e facilita a recuperação entre as lutas.
Os métodos para o treinamento aeróbio incluem atividades contínuas com duração de 40-60 minutos como corrida, natação e ciclismo, que é realizado de 3-4 vezes por semana com intensidade de 60-80% do VO2 max ou com intensidade equivalente a limiar anaeróbio.
Sugere-se que o treinamento aeróbio seja feito com movimentos específicos da modalidade, de forma intervalada ou contínua. Na forma continua deve haver a correção na execução dos golpes e a manutenção da freqüência cardíaca deve ser em torno de 140-160 bpm.
Segundo Karvonen é utilizada a fórmula FC treinamento = (FC Max-FC basal)x intensidade a ser empregada + FC basal (equação), para a prescrição do treinamento aeróbio contínuo baseado na freqüência cardíaca, FC Max (determinada em exercício máximo) ou estimada por 220- idade do atleta; FC basal = freqüência cardíaca do individuo em repouso absoluto deitado.
É ressaltada também a utilização de intensidades associadas a concentrações de lactato sanguíneo, onde podem ser utilizados movimentos específicos da modalidade e de forma intervalada.

CAPACIDADE E POTÊNCIA ANAERÓBIAS
Para determinar a intensidade do treinamento, deve-se induzir repostas de concentração de lactato em atividades especificas da modalidade, adotar valores supra máximos  de consumo de oxigênio, adotar séries de exercícios nas quais o individuo realiza o maior esforço possível durante o período de execução com intervalos suficientes para a recuperação, adotar a execução de exercícios intermitentes com intensidade,duração do esforço e da pausa semelhantes na competição.
Preparação física nas lutas - Parte 2

                           

FORÇA
O desenvolvimento da força pode ser obtido por diferentes meios, dependendo do tipo de força desejada, isto é, Potência, Força Máxima ou Resistência de Força. A Força Máxima pode ser expressa em termos absolutos ou relativos, a Potência é caracterizada como integração entre força e velocidade e a Resistência de força ou muscular caracteriza se pela capacidade de manutenção da força por períodos prolongados (Beaton, 1999).
Em relação a ganho de força está relacionado as unidades motoras e/ou ao aumento da sincronização das unidades motoras (Hipertrofia).


COMPOSIÇÃO CORPORAL

Em geral, os atletas tendem à apresentar maior percentual de gordura no início do treinamento aeróbio, principalmente aqueles atletas que reduzem a massa corporal para lutar em categorias inferiores aquelas que pertencem.

PERIODIZAÇÃO

A Periodização pode ser definida como a técnica de planejar os processos de treinamento e competição de forma que o plano de treinamento anual seja uma sucessão de períodos (Gil’ad, 1998). No modelo Básico de periodização, há três períodos distintos: Preparatório, de competição, e de transição (Gil’ad, 1998, Silva, 1988).
O principal referencial sobre o assunto foi o autor Matveiev que teve resultados obtidos por vários anos, em atletismo e halterofilismo, assim mais tarde começando gradualmente a estender se a outras modalidades. Por muitos anos foi levando se este conceito, hoje já começa a predominar uma perspectiva mais lúcida e mais reflexiva (Silva, 1988).
Atualmente, existem defensores e opositores da periodização do treinamento e em geral, o modelo inicial preconizado por Matveiev não é mais aceito. Segundo Gil’ad (1998), no Judô a experiência é o uso da Periodização dupla: Período preparatório 1, Período competitivo 1, depois período preparatório 2, período competitivo 2 e, finalmente, um período de transição.
A idéia básica da periodização é que um atleta não conseguiria manter se constantemente no pico de sua capacidade de desempenho.
Atualmente, existem competições durante todo o ano, no caso do Brasil: Seletivas Preliminares no final e no início do ano, circuito Europeu, Mundial ou Jogos Olímpicos entre outros mais, se nessas competições o atleta não se encontra em totais condições físicas, não tem como permanecer nos grupos da Seleção Brasileira.
Uma das adaptações proposta por Silva (1988) é o princípio de estabilização  ou patamar de rendimento no lugar do conceito de pico de forma proposta por Matveiev. No modelo original de periodização, a carga de treinamento (volume e intensidade) era manipulada da seguinte maneira (Gil’ad, 1998): No período preparatório posterior ao período de transição, começava se com pequeno volume e pequena intensidade. Durante esse período ambos aumentariam, porem para maior crescimento para o volume. Para aumentos adicionais na carga de treinamento, reduzia se o volume do treinamento para que os atletas suportassem a elevação na intensidade.


 Microciclo – é o menor ciclo de treinamento. Normalmente possui a duração de sete dias, coincidindo com o período de uma semana.
Mesociclo - um macrociclo é composto de vários mesociclos (no mínimo quatro). Um Mesociclo é formado por vários microciclos – normalmente de três a seis (Dantas, 1985).

Macrociclo - representa a organização de todo o treinamento que será desenvolvido em um determinado período de tempo.

terça-feira, 5 de junho de 2012



Preparação física nas lutas - Parte 3

OVERTRAINING E SESSÕES DE TREINAMENTO

Cada indivíduo tem seu limite genético, e quando sua capacidade de desempenho está próximo desse limite, ele tende a aumentar mais lentamente, ou até as vezes, mesmo próximo do seu limite genético sua capacidade já começa a diminuir, por consequência de alguns fatores como:  Recuperação de uma competição importante, treinamento mal planejado, estresse não relacionado ao esporte( problemas familiares, financeiros , etc.) e o overtraining.

  O overtraining pode ser definido como a ‘’ diminuição do desempenho com um aumento de volume e/ou intensidade de treinamento’’ (Fry & Kramer,1997). São considerados dois tipos de overtraining, o simpático e o parassimpático, no overtraining simpático alguns dos sintomas são: aumento da frequência cardíaca de repouso, diminuição do desempenho, ventilação anormal durante o exercício, aumento da incidência de lesões. No overtraining parassimpático alguns dos sintomas são: Diminuição do desempenho,  baixa frequência cardíaca e hipoglicemia durante o exercício. (Gil’as,1999; Kuipers e Keizer,1988)

  O que leva o atleta o indivíduo ao overtraining? Alguns fatores que contribuem para o overtraining são: Combinação de estresse oriundo ao treinamento, aumento excessivo da carga de treinamento e diminuição no tempo de recuperação ( Kuipers e Keiser, 1988). Com isso fica evidente a necessidade do treinamento ser acompanhado com orientação profissional, que fará um planejamento de exercícios de acordo com o limite genético de cada atleta, assim controlando o período de repouso entre os dias de treinamento, controlar a frequência cardíaca e fazendo avaliações periódicas, prevenindo assim o overtraining, lesões.

  Em uma sessão de treinamento alguns critérios importantes precisam ser seguidos, numa rotina de treinamento. Começando com o aquecimento, que segundo (Lafon,1998) é preparar o organismo  fisiologicamente para a demanda de exercícios que o atleta terá de enfrentar na sessão. O aquecimento deve elevar a frequência cardíaca em torno de 120-130bpm e deve ter um tempo determinado entre 15-20 minutos.

  Numa segunda etapa da sessão do treinamento, tomando como referencia atletas de judô, deve ser aplicado entrada e saída de golpes com o parceiro em movimento, numa terceira etapa seria aplicado o Randori( treinamento de luta) que se aproxima de uma competição, mas pode ser utilizado com diferentes ênfases: Contínuo (30 min – 1 hora), se o objetivo for aperfeiçoar os aspectos técnicos e táticos ou intervalado (5 minutos por 15 minutos de intervalo), se o objetivo for criar adaptações fisiológicas semelhantes ás necessárias durante a luta. Terminando assim a sessão de treinamento com um relaxamento e alongamento, auxiliando na prevenção de problemas posturais e de lesões musculares.

 O planejamento realizado no dia de uma competição (Beaton, 1998) sugere alguns procedimentos relacionados ao aquecimento, duração de 20-30 minutos constituído de corrida contínua(5-8minutos) entrada e saída de golpes (15-20minutos) 

REFERENCIAS:

CASTRO CÉSAR, Marcelo et al. Avaliação da intensidade de esforço de luta de karatê por meio da monitorização da frequência cardíaca. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 24, n. 1, p. 73-81, set. 2002

Cordeiro EM, Gomes ANM, Guimarães M, Da Silva SG, Dantas EHM. Alterações hematológicas e bioquímicas oriundas do treinamento de combate em atletas de Kung fu Olímpico. Fit Perf J. 2007

DEL VECCHIO, Fabricio & FRANCHINI, Emerson - Preparação física para atletas de judô - PHORTE EDITORA, 2007






Depois de aprender com 'cascudos', Spider vira mestre em treinamento


Anderson Silva fala sobre a filosofia das artes marciais e dá conselhos aos amigos






  Anderson Silva, o campeão dos pesos-médios do UFC, vai enfrentar seu maior desafeto, Chael Sonnen, pelo UFC 148, no dia 7 de julho.  Sem querer entrar no jogo do rival, Spider já deixou claro que não concorda com a postura desrespeitosa de seu oponente, alegando que a mesma não condiz com a filosofa da arte marcial que ele tanto prega. Em um vídeo divulgado pelo UFC, que começa com conselhos do mestre de jiu-jítsu João Alberto Barreto, o Spider fala da importância dos ensinamentos marciais em sua vida. Além disso, Anderson mostra seu lado ''mestre'' e dá dicas e conselhos aos companheiros durante um árduo treinamento na academia. 



  - Eu acredito muito na filosofia da arte marcial. Levo isso para o meu dia a dia, para a educação dos meus filhos. Para minha formação marcial se tornar cada vez mais evoluída. Você deve ficar tentando ser melhor do que as pessoas a sua volta. Tentando ser melhor do que é todos os dias. Tentando ''se melhorar''. Não só na luta, mas na sua vida pessoal. É o primeiro princípio para você ter um caminho bacana não só na luta como na sua vida pessoal - afirmou o Spider.




  Em uma conversa com um garoto no intervalo de seu treinamento, Anderson Silva revelou que, quando mais novo, costumava a ser ''folgado'' e apanhava dos mais velhos. Segundo ele, cada ''cascudo'' serviu como um aprendizado importante em sua formação.




  - Comecei a treinar com oito anos. Aos oito anos já estava tomando chute na cara. Eu era tentado, cara. Brigava com os grandes no meio do treino. Apanhava dos grandes e chorava. Voltava no outro dia, bem louco:''Quer me bater? Quero ver''. Apanhava de novo (risos). Mas enquanto os grandes não aprendiam, eu aprendia. Enquanto os grandes batiam nos outros e não queriam aprender, eu aprendia. Tem que ter um dragão preso em você, quando precisar solta o dragão - disse Anderson Silva ao garoto.

No fim do vídeo, Anderson Silva, suado e ainda com o protetor bucal, deu mais conselhos aos companheiros de treinamento. O Spider também diz que não seria campeão sem o apoio dos amigos da academia XGym, no Rio.




  - Vocês precisam ter competência, talento e acreditar em vocês. As coisas acontecem, vocês tem que acreditar. Se acreditarem, tudo é possível. Ninguém aqui é sparring de ninguém. Estamos aqui para um ajudar o outro. Sem vocês, eu não sou campeão. E sem mim vocês não vão chegar a lugar nenhum também. Se vocês querem realmente seguir isso, têm que acreditar no que estão fazendo. Não estou aqui para ser melhor que ninguém, não sou dono da palavra. Estou aqui sempre para ajudar vocês. Não estamos aqui para um espancar o outro. Vocês não são meus sparrings, ou do Feijão(Rafael) ou do Jaca (Ronaldo Jacaré). Estamos aqui um para ajudar o outro - completou o lutador, com tom de professor.


FONTE: http://sportv.globo.com/site/eventos/combate/noticia/2012/06/professor-spider-anderson-silva-ensina-sua-filosofia-em-treinamento-.html