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terça-feira, 5 de junho de 2012



Preparação física nas lutas - Parte 3

OVERTRAINING E SESSÕES DE TREINAMENTO

Cada indivíduo tem seu limite genético, e quando sua capacidade de desempenho está próximo desse limite, ele tende a aumentar mais lentamente, ou até as vezes, mesmo próximo do seu limite genético sua capacidade já começa a diminuir, por consequência de alguns fatores como:  Recuperação de uma competição importante, treinamento mal planejado, estresse não relacionado ao esporte( problemas familiares, financeiros , etc.) e o overtraining.

  O overtraining pode ser definido como a ‘’ diminuição do desempenho com um aumento de volume e/ou intensidade de treinamento’’ (Fry & Kramer,1997). São considerados dois tipos de overtraining, o simpático e o parassimpático, no overtraining simpático alguns dos sintomas são: aumento da frequência cardíaca de repouso, diminuição do desempenho, ventilação anormal durante o exercício, aumento da incidência de lesões. No overtraining parassimpático alguns dos sintomas são: Diminuição do desempenho,  baixa frequência cardíaca e hipoglicemia durante o exercício. (Gil’as,1999; Kuipers e Keizer,1988)

  O que leva o atleta o indivíduo ao overtraining? Alguns fatores que contribuem para o overtraining são: Combinação de estresse oriundo ao treinamento, aumento excessivo da carga de treinamento e diminuição no tempo de recuperação ( Kuipers e Keiser, 1988). Com isso fica evidente a necessidade do treinamento ser acompanhado com orientação profissional, que fará um planejamento de exercícios de acordo com o limite genético de cada atleta, assim controlando o período de repouso entre os dias de treinamento, controlar a frequência cardíaca e fazendo avaliações periódicas, prevenindo assim o overtraining, lesões.

  Em uma sessão de treinamento alguns critérios importantes precisam ser seguidos, numa rotina de treinamento. Começando com o aquecimento, que segundo (Lafon,1998) é preparar o organismo  fisiologicamente para a demanda de exercícios que o atleta terá de enfrentar na sessão. O aquecimento deve elevar a frequência cardíaca em torno de 120-130bpm e deve ter um tempo determinado entre 15-20 minutos.

  Numa segunda etapa da sessão do treinamento, tomando como referencia atletas de judô, deve ser aplicado entrada e saída de golpes com o parceiro em movimento, numa terceira etapa seria aplicado o Randori( treinamento de luta) que se aproxima de uma competição, mas pode ser utilizado com diferentes ênfases: Contínuo (30 min – 1 hora), se o objetivo for aperfeiçoar os aspectos técnicos e táticos ou intervalado (5 minutos por 15 minutos de intervalo), se o objetivo for criar adaptações fisiológicas semelhantes ás necessárias durante a luta. Terminando assim a sessão de treinamento com um relaxamento e alongamento, auxiliando na prevenção de problemas posturais e de lesões musculares.

 O planejamento realizado no dia de uma competição (Beaton, 1998) sugere alguns procedimentos relacionados ao aquecimento, duração de 20-30 minutos constituído de corrida contínua(5-8minutos) entrada e saída de golpes (15-20minutos) 

REFERENCIAS:

CASTRO CÉSAR, Marcelo et al. Avaliação da intensidade de esforço de luta de karatê por meio da monitorização da frequência cardíaca. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 24, n. 1, p. 73-81, set. 2002

Cordeiro EM, Gomes ANM, Guimarães M, Da Silva SG, Dantas EHM. Alterações hematológicas e bioquímicas oriundas do treinamento de combate em atletas de Kung fu Olímpico. Fit Perf J. 2007

DEL VECCHIO, Fabricio & FRANCHINI, Emerson - Preparação física para atletas de judô - PHORTE EDITORA, 2007




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