Preparação física nas lutas - Parte 3
OVERTRAINING
E SESSÕES DE TREINAMENTO
Cada
indivíduo tem seu limite genético, e quando sua capacidade de desempenho está
próximo desse limite, ele tende a aumentar mais lentamente, ou até as vezes,
mesmo próximo do seu limite genético sua capacidade já começa a diminuir, por
consequência de alguns fatores como: Recuperação de uma competição
importante, treinamento mal planejado, estresse não relacionado ao esporte(
problemas familiares, financeiros , etc.) e o overtraining.
O
overtraining pode ser definido como a ‘’ diminuição do desempenho com um
aumento de volume e/ou intensidade de treinamento’’ (Fry & Kramer,1997).
São considerados dois tipos de overtraining, o simpático e o parassimpático, no
overtraining simpático alguns dos sintomas são: aumento da frequência cardíaca
de repouso, diminuição do desempenho, ventilação anormal durante o exercício,
aumento da incidência de lesões. No overtraining parassimpático alguns dos
sintomas são: Diminuição do desempenho, baixa frequência cardíaca e
hipoglicemia durante o exercício. (Gil’as,1999; Kuipers e Keizer,1988)
O
que leva o atleta o indivíduo ao overtraining? Alguns fatores que contribuem
para o overtraining são: Combinação de estresse oriundo ao treinamento, aumento
excessivo da carga de treinamento e diminuição no tempo de recuperação (
Kuipers e Keiser, 1988). Com isso fica evidente a necessidade do treinamento
ser acompanhado com orientação profissional, que fará um planejamento de
exercícios de acordo com o limite genético de cada atleta, assim controlando o
período de repouso entre os dias de treinamento, controlar a frequência
cardíaca e fazendo avaliações periódicas, prevenindo assim o overtraining,
lesões.
Em
uma sessão de treinamento alguns critérios importantes precisam ser seguidos,
numa rotina de treinamento. Começando com o aquecimento, que segundo
(Lafon,1998) é preparar o organismo fisiologicamente para a demanda de
exercícios que o atleta terá de enfrentar na sessão. O aquecimento deve elevar
a frequência cardíaca em torno de 120-130bpm e deve ter um tempo determinado entre
15-20 minutos.
Numa segunda etapa da sessão do treinamento, tomando como referencia atletas de
judô, deve ser aplicado entrada e saída de golpes com o parceiro em movimento,
numa terceira etapa seria aplicado o Randori( treinamento de luta) que se
aproxima de uma competição, mas pode ser utilizado com diferentes ênfases:
Contínuo (30 min – 1 hora), se o objetivo for aperfeiçoar os aspectos técnicos
e táticos ou intervalado (5 minutos por 15 minutos de intervalo), se o objetivo
for criar adaptações fisiológicas semelhantes ás necessárias durante a luta.
Terminando assim a sessão de treinamento com um relaxamento e alongamento,
auxiliando na prevenção de problemas posturais e de lesões musculares.
O
planejamento realizado no dia de uma competição (Beaton, 1998) sugere alguns
procedimentos relacionados ao aquecimento, duração de 20-30 minutos constituído
de corrida contínua(5-8minutos) entrada e saída de golpes (15-20minutos)
REFERENCIAS:
CASTRO CÉSAR, Marcelo et al. Avaliação da intensidade de
esforço de luta de karatê por meio da monitorização
da frequência cardíaca. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v.
24, n. 1, p. 73-81, set. 2002
Cordeiro EM, Gomes ANM, Guimarães M, Da Silva SG, Dantas EHM.
Alterações hematológicas e bioquímicas oriundas do treinamento de combate em
atletas de Kung fu Olímpico. Fit Perf J. 2007
DEL VECCHIO, Fabricio & FRANCHINI, Emerson - Preparação
física para atletas de judô - PHORTE EDITORA, 2007
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